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O Verdadeiro Assédio da Fruta!
- Regina Ruivo
- 16 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de ago. de 2024
Confesso, não sou muito fã de fazer compras para casa, e arrumar tudo nos armários é ainda pior. Mas lá estava eu, no supermercado, com o cesto de rodinhas. Já tinha os legumes e o pão; faltavam só as frutas. Dirigi-me para a seção das frutas e, lá estavam elas, como se estivessem prontas para um desfile de moda. As maçãs, todas reluzentes; as bananas alinhadinhas com um amarelo de fazer inveja ao sol; as melancias grandes e roliças; e as mangas, ostentando um selo que lhes conferia um ar de nobreza, pois eram importadas. Era uma verdadeira montra, só de olhar já me dava água na boca.
Tudo parecia perfeito até que uma cena digna de um filme de comédia começou a desenrolar-se diante dos meus olhos. Uma senhora de meia-idade, não muito alta, mas o suficiente para alcançar todas as frutas, vestida com uma camisa florida digna de um jardim botânico, uma saia que ia dois dedos abaixo dos joelhos, e um saco debaixo do braço esquerdo, iniciou sua inspeção meticulosa. Ela aplicou técnicas de avaliação dignas de uma especialista: cheirou, apertou e até deu umas pancadinhas, tudo para garantir a escolha perfeita. A maçã foi a primeira vítima: agarrou, cheirou e colocou de volta no seu lugar. O melão não teve melhor sorte; além de ser cheirado, recebeu um apertão tão forte que eu quase ouvi um "ai". A melancia, coitada, foi agarrada, cheirada, apertada e ainda levou três pancadas, como se fosse um tambor.
Eu não sabia se ria ou se chorava. Coitadas das frutas! Se cada pessoa que visitasse o supermercado tratasse as frutas assim, elas teriam uma vida bem curta e não seriam apreciadas por quem realmente gosta delas. Eu pensei: deveria haver um sindicato das frutas para lutar pelos seus direitos.
Então, caros consumidores, por favor, tenham piedade. Não apalpem a fruta. Afinal, elas também têm sentimentos!
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Regina Ruivo
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Regina Ruivo
“Adorei o artigo! A cena no supermercado foi hilária e realmente capturou o lado divertido das nossas idiossincrasias de compras. É ótimo lembrar que, por trás das frutas frescas e brilhantes, há uma história e uma pitada de humor. Definitivamente vou pensar duas vezes antes de apalpar as frutas na próxima vez!”
Alguém que dê voz às frutas.
E se as pobres pudessem falar, talvez dissessem:
Uma maçã avermelhada: "Ei, cuidado com a minha maçã! Não sou uma bola de bilhar! Quer levar-me para casa? É só escolher, não preciso de um teste de resistência."
Uma banana madura: "Aiiii! Pare de me apertar! Já estou no ponto certo para ser deliciosa, não preciso de um atestado médico!"
Um abacate firme: "Ainda não estou maduro! Por favor, deixe-me amadurecer em paz. Quer um abacate cremoso? Volte mais tarde!"
Uma melancia sedenta: "Estou com sede, não estou a pedir um abraço! Se quiser levar-me para casa, coloque-me no carrinho e vamos para casa tomar um sumo!"
Um morango vermelhinho: "Sou muito delicado! Um toque suave basta para sentir a minha doçura. Não sou um tomate, não preciso ser espremida!"
"Desculpe interromper, mas as frutas aqui são um pouc…